sexta-feira, julho 27, 2007

O desafio da mudança



Pessoas que não mudam, são prisioneiras de padrões.
Gostam só de um tipo de música, só de um tipo de pessoa, só de um tipo de trabalho, só de um lugar;
Preferem sempre as mesmas paisagens... As mesmas rotinas… O mesmo modo de fazer...

Pessoas que não mudam, defendem seus padrões.
Seus "eus" são seus padrões.
Alguns deles vêm nos gens...
Mas a maioria são padrões de nossos pais, dos nossos avós, da nossa cultura, da corrente do pensamento humano, que se perpetuam...

Confundimos nossos padrões com o nosso ser.
Qualquer voz diferente é um "ab-surdo"
Qualquer acção diferente é um "in-cômodo"

Sentimos sempre do mesmo modo:
Gostamos sempre das mesmas coisas.
Temos sempre as mesmas aversões.

Vivemos na defesa dos nossos "sagrados padrões".
São eles os nossos deuses?
São eles os nossos patrões?

A pessoa apegada a um modo de ser, a um padrão de comportamento e sentir, tem uma vida alienada, estagnada.
É como uma poça de água estagnada, ao largo do grande rio da vida.
Que é em si mesmo o rio da mudança.

“Mude” de Edson Marques

segunda-feira, julho 16, 2007

Incendeie a rede


...
"Os seres iluminados utilizam o termo “fire the grid” (acendam a rede) quando eles querem falar do energização da humanidade com o poder Divino, em 17 de Julho de 2007. Eles dizem que “acender a rede” completam duas coisas. Primeiramente, ela pulsará energia curativa na direção do centro da terra, regenerando seu núcleo, ou o coração do planeta. Assim que nós esparramamos energia na direção do meu filho moribundo, nós estaremos, individualmente, doando o dom de nossas intenções verdadeiras, o dom de nossa individualidade e o dom de nossa energia curativa. Como eles explicaram, o campo de energia de meu filho moribundo estava tremendamente deteriorado, como Terra. Nós devemos esparramar um pouco de nossa energia vital na direção da Terra e a combinação de nossas energias irá regenerar a Terra. Eles me disseram que os seres humanos são como pequenas varinhas iluminadas, canalizando a energia de Deus para o planeta. Em virtude de nos termos separados de uma completa conexão com A Fonte, por não termos uma rede humana funcionando totalmente, a energia de Deus não está sendo capaz de facilitar o fluxo na direção da Terra. Se nós optarmos por nos reunirmos para reconstruir a nossa rede, então, o fluxo natural de energia entre nós e Deus, Deus e a Terra, e de pessoa para pessoa, será restabelecido. Você já percebeu que tremendo presente você dará? Esta energia viverá eternamente com a terra e seus habitantes; o esplendor da intenção de nosso Criador em nossa direção irá se concretizar na criação deste novo campo de energia para nosso planeta.
E você me perguntará: como faremos isso? O tempo foi definido para 17 de Julho de 2007, às 11h11 (horário oficial de Greenwich), em Portugal às 12h11 (horário de verão). Eu não tenho dado nenhuma indicação do por quê desta data e horários tenham sido escolhidos, mas tal data tem sido mostrada pra mim sem parar. Tenho sido convidada em reunir a maior quantidade de seres humanos possível, ao redor de todo o planeta, em cada canto do globo, para simplesmente sentar e orar ou meditar por cerca de uma hora durante tal tempo. Esperançosamente, com sua ajuda, nós iremos juntar uma reunião de seres humanos de um modo jamais visto pela humanidade. Seres humanos amoráveis com uma intenção – de curar nosso planeta e despertar nossos espíritos para nosso verdadeiro propósito... de sermos uma unidade com nossa Fonte de Luz."
...


para maior sintonia, visitem o site http://www.firethegrid.com/por/home-fr-por.htm

sexta-feira, julho 13, 2007

Porque precisamos desenvolver o mundo interno tanto quanto o mundo externo


A sociedade moderna investiu a maior parte de sua energia no cuidado com o mundo externo e, como consequência, testemunhamos nos últimos trezentos anos uma explosão de desenvolvimento externo material. Esse desenvolvimento trouxe resultados benéficos, como a eletricidade, as viagens aéreas, a eletrônica, intervenções cirúrgicas capazes de salvar vidas, etc. Entretanto, não podemos negar que trouxe também muitos resultados negativos e altamente perigosos, como as armas nucleares e químicas e a energia nuclear.
Talvez eu esteja enganado, mas, em minha opinião, as últimas gerações superenfatizaram o desenvolvimento externo material e o conseqüente conforto e riqueza físicos, e negligenciaram o cuidado com o mundo interno a ponto de quase esquecerem-se de sua existência.
Não estou sugerindo que devemos parar o desenvolvimento material ou as pesquisas científicas e tecnológicas. Sem a tecnologia, para muitas pessoas seria impossível viver em nosso planeta hoje. Entretanto, talvez devêssemos dar maior ênfase ao desenvolvimento de tecnologias apropriadas e positivas. Um bom exemplo disso são as tecnologias de redução da poluição ambiental, como os conversores catalíticos, os métodos de reciclagem, etc. Se usarmos a tecnologia de uma forma positiva, teremos resultados maravilhosos, e não os resultados negativos que atualmente todos nós conhecemos. Também precisamos nos preocupar em começar a fazer um investimento semelhante em nossos recursos para desenvolver o mundo interior.
No Tibete, antes da invasão comunista em 1959, não dávamos muita importância ao cuidado com o mundo externo, pois estávamos sempre muito ocupados cuidando do mundo interior. Dançávamos com a impermanência de forma criativa e usávamos essa dança para relaxar (Ngelso) no espaço absoluto e unir nosso dia-a-dia ao mandala de cristal puro. Como consequência, desfrutávamos muito mais a regeneração e o relaxamento interior profundo Ngelso e a satisfação duradoura, a felicidade e a liberdade interior do que se pode conseguir seguindo e tomando refúgio apenas nos fenómenos relativos. Se pudéssemos todos aprender a tomar refúgio em ambos os níveis da realidade, o absoluto e o relativo, e a cuidar dos mundos externo e interno, nossa sociedade se tornaria mais pacífica, mais feliz, satisfeita e grandiosa que qualquer civilização antiga.
Nos últimos tempos, a sociedade contemporânea tem se esquecido totalmente do mundo interno, que está agora sofrendo profundamente, sempre chorando e com ciúmes do mundo externo. Com ciúmes e raiva, ele está reagindo violentamente e, já que seus gritos têm passado despercebidos, como um grupo terrorista, o mundo interno vem secretamente desenvolvendo e guardando bombas atómicas internas de emoções negativas. Essas bombas atómicas internas guardadas em nosso coração, canal central e chakras, podem explodir a qualquer momento, ameaçando destruir nosso mundo interno, os outros seres, nossa sociedade e o planeta.
As bombas internas de emoções negativas não são apenas uma ameaça à nossa saúde mental e física e à nossa paz interior; elas podem também destruir os frutos positivos do desenvolvimento científico e tecnológico. Por exemplo, devido à ganância coletiva, à cobiça pelo poder, egoísmo, etc., usamos a tecnologia de forma errada, criando armas de destruição em massa, como as armas atômicas, químicas e a laser; causamos uma imensa poluição interna e externa, o esgotamento dos recursos naturais, a destruição do meio ambiente e a extinção de muitas espécies.
Também nos níveis social e político, podemos ver nossa energia negativa explodindo e dando curso à devastação, resultando em mais e mais guerras, fome, pragas, desastres naturais, desigualdade e corrupção política e social, genocídio, uso de tortura, abuso dos direitos humanos, terrorismo, sindicatos internacionais do crime, abuso de drogas, alienação social, desintegração da família tradicional e das estruturas religiosas, políticas e educacionais, doenças físicas e sofrimentos mentais em constante crescimento.
As armas nucleares que hoje proliferam pelo mundo e que tanto nos aterrorizam são apenas um fraco reflexo externo dos instrumentos internos de destruição que trazemos no coração. Se fôssemos sábios, deveríamos nos aterrorizar com as bombas nucleares internas de ilusões estocadas em nós mesmos. Precisamos nos perguntar honestamente: o que motivou a sociedade moderna a criar armas nucleares capazes de destruir todos os seres vivos do planeta? Quem ou o que realmente tememos? Quem é nosso verdadeiro inimigo?
Temos que descobrir como desarmar os instrumentos mortais suicidas da raiva, inveja, orgulho, ganância, instabilidade mental, desejo e ignorância em nosso coração. Primeiro, precisamos reconhecer que possuímos um precioso corpo humano, um veículo que nos permite fazer o que quisermos nesta vida. Possuir um corpo humano como o nosso é, nos níveis externo, interno e secreto, uma oportunidade fantástica, que não deve ser desperdiçada. Se soubermos usá-la de uma forma positiva, poderemos praticar a Autocura Ngelso momento após momento, e chegar à autocura completa – o estado de Buda – no curto período de uma vida.
Por outro lado, se usarmos este corpo de uma forma negativa, trilhando o caminho da escuridão interna, cada momento poderá contribuir para nosso suicídio pessoal e planetário. Podemos escolher ngel – ir da escuridão para a escuridão e da luz para a escuridão – ou so, da escuridão para a luz e ou da luz para a luz. A decisão é nossa.Ao compreendermos a preciosidade de nosso veículo físico, deixamos espontaneamente de tratá-lo como uma máquina e desenvolvemos um genuíno interesse por cuidar dele e começar a aprender a usá-lo de uma forma positiva.

Com a finalidade de enriquecer nossas reflexões sobre a relação entre o mundo interno e o mundo externo, selecionei mais um texto do livro Autocura Tântrica III (Ed.Gaia) de Lama Gangchen Rinpoche. Bel Cesar.

quinta-feira, julho 12, 2007

Sobre o amor...


Sempre que você amar, ame de todo coração, e nunca tenha medo de mostrar o seu amor.

Deixe que seu amor seja como um livro aberto que pode ser lido por todas as almas. É a coisa mais maravilhosa do mundo, por isso deixe esse amor divino interior fluir livremente.

O amor não é cego: ele vê o que há de melhor na pessoa amada e assim faz emergir o que há de melhor. Não fique escolhendo a dedo aqueles a quem você vai amar. Apenas deixe seu coração aberto e mantenha o amor fluindo igualmente para todas as almas.

Assim você estará amando com o Meu amor divino.

Ele é como o sol e brilha igualmente para todos. O fluxo do amor nunca deve ser aberto e fechado como uma torneira.O amor não deve ser exclusivo, nem possessivo.

Quanto mais você estiver desejoso de compartilhá-lo, maior ele se tornará.

Agarre-se a ele e você o perderá.

Deixe-o livre e ele retornará a você multiplicado e se tornará uma alegria e uma bênção para todos que dele compartilharem.

in Abrindo Portas Interiores – Eileen Caddy – Ed. TRIOM

segunda-feira, julho 09, 2007

O poder dos mantras


Estamos cansados de sentir o peso de nossas preocupações, dúvidas e angústias. Queremos sentir a leveza de uma mente saudável! Para tanto, precisamos nos deixar tocar pela força da energia positiva subtil, pois ela age como um bálsamo curativo sobre nossa mente cansada.

Podemos nos nutrir de energia espiritual por meio dos mantras: na qualidade energética dos sons sagrados. Na meditação budista, trabalhamos mais com sons e imagens do que com o conceito das palavras. É que as palavras estimulam a mente conceptual e os sons e as imagens “tocam” a mente. Assim como Lama Gangchen costuma nos dizer: “Nossa mente é muito dura. Por isso ela precisa ser massajada com os mantras, para dissolver a sua rigidez e os seus bloqueios”.

A palavra sânscrita mantra é formada de duas sílabas: MAN que significa mente, e TRA, proteger. O seu significado é, portanto, “proteger a mente”.

O poder sutil das palavras recitadas num mantra é uma qualidade abstrata que só pode ser observada por meio de seus efeitos. Neste sentido, o mantra age como que num plano secreto, pois seu poder está além das imagens e das palavras.

A força secreta do mantra depende de algumas condições. Como por exemplo, se o praticante recebeu ou não a transmissão oral deste mantra por um mestre que tenha realizado o poder subtil do mesmo.

Na tradição budista tibetana, a transmissão oral é muito importante. Pois é por meio dela que o praticante irá receber a transferência de poder para praticar o mantra. Isto é, o mestre irá activar a força secreta do mantra para o discípulo poder praticá-lo.

Assim como explica Lama Gangchen Rinpoche em seu livro “Autocura Tântrica III” (Ed. Gaia): “Quando usamos o termo 'secreto' não queremos dizer que as palavras, melodias ou explicações sejam secretas. Todos os tibetanos podem ir a uma livraria e comprar livros sobre todos os assuntos mais incríveis e secretos do Tantra tibetano. 'Secreto' significa que é necessária uma transmissão de coração para coração para que as instruções funcionem. A experiência interna que cada um tem é secreta, pois é uma experiência meditativa, e quando nos dirigimos às pessoas que não a tiveram, podemos apenas sugeri-la por meio de palavras. ’Secreto‘ significa que a mente não tem forma e que, portanto, é muito difícil expor uma experiência mental. Tradicionalmente, todos os meditadores tântricos mantinham secretos os resultados de suas práticas, contando-os apenas aos seus melhores amigos, para assim guardar sua energia interna.
Como resultado, tudo que eles desejavam fazer com a mente (desenvolver a compaixão, a experiência da vacuidade ou a Iluminação) sempre dava certo. Esse é o motivo por que aconteciam tantos milagres e experiências especiais no início das linhagens tântricas: os meditadores sabiam muito bem como cuidar de sua preciosa energia mental interna”.

A força do poder de cura de um mantra depende também da clareza de intenções daquele que o recita. A qualidade da motivação de quem recita um mantra revela seu desenvolvimento espiritual. Uma pessoa pode recitar mantras para adquirir bens materiais e poder pessoal.

No entanto, sua força será muito maior quando ela o recitar para desenvolver compaixão e amor, porque esta é a força original do mantra.

Desta forma, ele estará em sintonia com a força secreta do mantra.Durante séculos, os mantras têm sido usados na prática espiritual para focar e transformar a energia subtil.

As energias curativas despertadas pelo som do mantra são inerentes à psique. Na tradição budista, estas forças positivas são caracterizadas como divindades: manifestações de uma força transformadora que se encontra em nossa mente.

by Bel Cesar

quinta-feira, julho 05, 2007

Actividades Julho 2007


Curso de Reiki – 1ºnível, dia 07 de Julho de 2007

(10h às 13h)


Curso de Introdução à Meditação – dia 07 de Julho de 2007

(15h às 18h)


Curso de Reiki para crianças– dia 08 de Julho de 2007

(10h às 18h)


Curso de Pêndulos e Florais – 1ºnível, dia 14 de Julho de 2007

(10h às 13h)


Curso de Reiki– 1ºnível, dia 14 de Julho de 2007

(15h às 18h)


Curso de Introdução à Meditação - dia 21 de Julho 07

(10h às 13h)

Curso de Reiki – 2ºnível, dia 28 de Julho 07

(10h às 13h)

Retiro de Reiki– dia 29 de Julho 07 (10h às 16h)

Outras actividades semanais:

(horário pós laboral)


Todas as Terças feira no Sardoal – grupo de meditação e partilha de Reiki
(20,30h às 24,00h)

Todas as Quintas feira em Abrantes - curso de Reiki -1º nível
(20h às 23h)

domingo, julho 01, 2007

Chi Kung (2)


Qigong e taijiquan (taichichuan, tai chi chuan)


O taijiquan (taichichuan, tai chi chuan) inclui em sua progressão didática a aquisição da habilidade de dirigir o qi. Por isto pode-se dizer que o taijiquan (taichichuan, tai chi chuan) inclui o qigong (chi kung). Até a 18ª geração da família Chen o qigong (chi kung) do taijiquan (taichichuan, tai chi chuan) era aprendido quase que unicamente dentro da forma, pela repetição exaustiva desta durante anos até que os princípios de circulação do qi tornassem-se claros naturalmente. Os Grão-Mestres da geração atual (a 19ª) da família Chen, levando em conta as dificuldades em implementar uma prática tão intensiva da maioria dos seus alunos, modernizaram a didática antes espartana e elaboraram os exercícios básicos de desenrolar da seda (chansijin) e de postura da estaca (zhanzhuang (zhan zhuang)). Assim podemos dizer que estes são os exercícios de qigong (chi kung) do taijiquan (taichichuan, tai chi chuan), embora é claro os princípios aprendidos com estes exercícios devam estar presentes durante toda a prática.No entanto o taijiquan (taichichuan, tai chi chuan) difere de grande parte dos exercícios de qigong (chi kung) em que não devem ser empregadas técnicas de visualização, de controle da respiração ou de direção da atenção mental com o objetivo de dirigir o qi. O princípio fundamental do taijiquan (taichichuan, tai chi chuan) é a naturalidade: o caminho para atingir a habilidade de circular o qi é fazer com o que o corpo forneça as condições para que isto aconteça. O corpo deve ser treinado com os exercícios de zhanzhuang (zhan zhuang), de chansijin e com a laojia com a intensidade e durante tempo suficientes para que a postura e o movimento corretos do corpo permitam que a respiração ajuste-se por si só, e que o qi circule espontaneamente com o movimento.O Grão-Mestre Chen Xiaowang costuma dizer durante seus seminários: “Se você tem a postura e a respiração errados, você tem somente um erro; se você tem a postura errada e a respiração correta você tem dois erros”. Com isto o que está sendo explicado é que é um erro forçar a respiração de acordo com quaisquer normas, pois a respiração deve ser natural. Conforme o corpo for sendo modificado a respiração mudará espontaneamente sem que seja necessária interferência da vontade do aluno. Se você tentar fazer a sua respiração se aprofundar forçosamente com a sua mente a única coisa que conseguirá será mais rigidez. Primeiro é necessário corrigir o seu corpo, então você pode relaxar, e então a respiração automatica e naturalmente se aprofunda, mas isto não é controlado pela sua mente. A arte marcial do taijiquan (taichichuan, tai chi chuan) não é “arte marcial do controle da mente”: mais tarde é necessário chegar a um estado de não-mente, de mente vazia, o que quer dizer que não resta mente alguma que controle o que quer que seja, não há “eu quero” ou “eu desejo”, ou “eu tenho que”.O mesmo aplica-se à circulação do qi : é inútil imaginar a circulação do qi durante o treinamento. O que tem que ser feito é ajustar a posição e o movimento do corpo com precisão suficiente para que o movimento do corpo cause a circulação do qi. Assim como não é possível derrubar um adversário mais forte apenas por desejar, ou por concentrar-se bastante e imaginar, também não é possível forçar a circulação do qi através da concentração ou de visualizações.


Estes dois textos são da autoria do Eduardo in taijiquan.pro

Chi Kung (1)


Qigong (chi kung)


Gong significa trabalho, e qi tem várias traduções possíveis, sendo uma das mais precisas “sopro vital”. A tradução mais popular é sem dúvida “energia”, que não chega a ser uma má tradução desde que não se faça confusão com o conceito físico de energia. Assim, qigong (chi kung) significa literalmente “trabalho sobre o sopro vital”. O termo qigong (chi kung) pode ser aplicado então a qualquer exercício que vise influenciar a circulação do sopro vital no corpo humano.Nos tempos antigos o qigong (chi kung) recebeu vários nomes diferentes, como xingqi (promover e circular o qi), fuqi (tomar qi), tuna (expirar e inspirar), daoyin (induzir e conduzir o qi), shushu (contar a respiração), zuochan (meditação sentada), shiqi (viver do qi), jingzuo (sentar quieto), e wogong (exercício deitado), entre outros.


História

Desde a época da etnia Yao já se sabia que a dança podia ser útil para fortalecer a saúde: no capítulo intitulado “Sobre a Música Antiga” dos Anais de Outono e Inverno de Lu, pode-se ler
o yin tende a estagnar (…) e acumular-se nas profundezas do corpo, (…) os músculos e ossos enrijecem e encurtam e não podem mais estender-se apropriadamente, então a dança é criada de acordo para remover a estagnação e a obstrução.
Com o tempo algumas danças evoluíram para exercícios físicos e terapias envolvendo a respiração.Na dinastia Zhou (sec. XI a.C. a 771 a.C.) havia inscrições a respeito de qigong (chi kung) em objetos de cobre, e nos escritos atribuídos a Laozi (sec. VI a.C.) há menção a métodos respiratórios. Na tumba nº 3 de Mawangdui, em Changsha, na província de Hunan - China, foi encontrado um livro de seda com o título “Sobre Abandonar a Comida e Alimentar-se de Qi” e uma pintura em seda com ilustrações sobre daoyin, ambos da dinastia Han do oeste (sec. 3 a.C.).Clássicos da Medicina Tradicional Chinesa como o Neijing Suwen e o Tratado sobre Doenças Febris de Zhang Zhongjing, ambos da dinastia Han, expõem e sugerem métodos de qigong (chi kung) para promover a saúde. Desde então renomados médicos como Sun Si-miao, Wang Tao, Li Shizen e Wang An, entre outros, mencionaram, descreveram e até criaram métodos de qigong (chi kung).


Variações

Existem várias dezenas de exercícios de qigong (chi kung) diferentes, pertencendo à tradições diversas e com objetivos distintos. Muitos destes exercícios são benéficos à saúde e sua prática não oferece risco mesmo para pessoas com a saúde debilitada, outros exigem um preparo prévio grande e podem até ser causar danos ao praticante se não forem cultivados apropriadamente e seguindo à risca instruções detalhadas que chegam a envolver o estilo de vida do aprendiz.Desta forma, ao decidir-se pela prática do qigong (chi kung) o primeiro passo é definir qual o objetivo almejado. Pode-se dividir, a título didático, os exercícios de qigong (chi kung) em três grupos de acordo com o objetivo: o qigong (chi kung) terapêutico, o qigong (chi kung) marcial, e o qigong (chi kung) religioso. No entanto é preciso ter em mente que esta divisão é artificial e algumas vezes arbitrária, pois muitos exercícios podem ser usados para mais de um objetivo.O qigong (chi kung) terapêutico visa melhorar a saúde do praticante, seja tratando uma desarmonia já presente ou fortalecendo a saúde para tornar mais difícil que algum desarmonia se instale. Alguns exemplos de exercícios terapêuticos chineses são o qigong (chi kung) dos Oito Brocados e o qigong (chi kung) dos Seis Sons. O qigong (chi kung) marcial tem como meta fortalecer o físico do praticante de modo a permitir que este receba impactos com o mínimo possível de dano e desfira golpes com o máximo de potência e efeito. Dois exemplos famosos são o exercício da Camisa de Ferro e o da Palma de Ferro. O qigong (chi kung) religioso tem o objetivo de treinar a mente do praticante a atingir determinados estados de concentração necessários ao progresso na meditação, e de fornecer as condições físicas e energéticas para que estes estados possam ser atingidos.A maioria dos exercícios de qigong (chi kung) emprega visualizações, direção da atenção mental, e controle respiratório. Estas técnicas são utilizadas em várias combinações em graus diversos de intensidade, e podem ou não ser combinadas com movimentos físicos.