Um jardim torna-se curativo devido à diversidade das plantas, flores, frutos e ervas que o compõem: suas cores, formas, aromas e sabores despertam em nós o desejo natural de interagir com o mundo a nossa volta. Inspirados em tocar, cheirar e saborear a natureza ao nosso redor nos abrimos para sentir prazer e, mesmo sem nos darmos conta, relaxamos. Livres da agitação urbana que nos pressiona diante do tempo, nossa mente naturalmente desacelera para apreciar a beleza ao nosso redor. Quando os pensamentos se acalmam, ganhamos uma nova perspectiva para nossos problemas e preocupações.
Na cidade, nos desconectamos de nós mesmos a medida em que nos tornamos pessoas excessivamente mentais. Somos raramente estimulados a nos conscientizar de nossos padrões emocionais, de nossos sentimentos e sensações físicas. O ritmo acelerado, o excesso de luzes e a intensa poluição visual e sonora nos atraem constantemente para o mundo exterior. Sem o contato interno, facilmente nos tornamos presas fáceis dos conflitos imediatos e nos afastamos dos propósitos maiores que tornam nossa vida significativa.
Mas quando estamos num jardim curativo, devido a sua vibração positiva, somos capazes de abrir tanto nossa mente como nosso coração. Desta forma, estamos mais disponíveis para lidar tanto com o mundo interior como o exterior, nossas decisões tornam-se equilibradas e coerentes, e o desejo de viver é regenerado.
Assim como explica Lama Gangchen Rinpoche: "Todos os lugares conectados à sua vida tornaram-se mais tarde ´lugares sagrados` devido à sua vibração positiva. Não é preciso ter fé para receber os benefícios e a energia positiva dos lugares sagrados, é preciso apenas ter uma mente aberta.