sábado, maio 21, 2005

Sempre Pessoa...

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".

(Fernando Pessoa)

segunda-feira, maio 16, 2005


na mãe terra dentre muitas plantas que por aqui nascem espontaneamente, a campainha encanta-nos com sua forma e cor...
Posted by Hello

quinta-feira, maio 12, 2005

Lao Tsé

Quem conhece os outros é inteligente.
Quem conhece a si mesmo é iluminado.
Quem vence os outros é forte.
Quem vence a si mesmo é invencível.

O DIVINO – UMA CERTEZA CONCRETA

Comecei a escrever sobre a dúvida, mas mesmo ao fazê-lo, sinto-me assaltado pela "dúvida" se qualquer quantidade de escritos ou de outra coisa poderá algum dia persuadir a eterna dúvida no homem, que é a penalidade de sua ignorância natural. Em primeiro lugar, escrever adequadamente, significaria algo de 60 a 600 páginas, mas nem mesmo 6.000 páginas convincentes convenceriam a dúvida. Porque a dúvida existe por si mesma; sua verdadeira função é duvidar sempre e, mesmo quando convencida, continuar ainda duvidando. É apenas para persuadir aquele que a alimenta a lhe dar casa e comida que ela pretende ser uma honesta pesquisadora da verdade. Esta é uma lição que aprendi com a experiência, tanto de minha própria mente como a dos outros; o único meio de se livrar da dúvida é tomar a discriminação como o próprio detector da verdade e falsidade e, sob sua guarda, abrir a portalivre e corajosamente à experiência.

Não obstante, comecei a escrever, mas não principiei pela dúvida, mas pela procura de Deus como uma certeza concreta, tão concreta como qualquer dos fenómenos físicos captados pelos sentidos. Ora, de certo o Divino deve ser tal certeza, não apenas tão concreta, mas mais concreta do que qualquer coisa percebida pelo ouvido, ou pela vista, ou pelo tacto, no mundo da matéria, mas é uma certeza, não do pensamento mental, mas da experiência essencial. Quando a Paz de Deus desce sobre você, quando a Presença Divina se faz sentir dentro de você, quando a Ananda* se precipita sobre você como um mar, quando você é levado como uma folha ao vento pelo sopro da Força Divina, quando o Amor desabrocha e flui de você sobre toda criação, quando o Divino conhecimento inunda-o como uma luz que ilumina e transforma num momento tudo que antes era sombrio, triste e obscuro, quando tudo o que é, se torna parte da Realidade única, quando a Realidade é tudo à sua volta,você sente, de repente, pelo contacto espiritual, pela visão interior, e mesmo pelo próprio físico, em todo lugar, você vê, ouve e toca apenas o Divino. Então você pode muito menos duvidar Dele ou negá-lo do que poderia negar ou duvidar da luz do dia ou do ar ou do sol no céu - porque destas coisas físicas você não pode ter certeza, porque elas são o que seussentidos lhas representam ser; porém nas experiências concretas do Divino, a dúvida é impossível.
Quanto à permanência, você não pode esperar, desde o começo, permanência de experiências espirituais iniciais somente uns poucos as têm e mesmo para eles a alta intensidade não está sempre presente; para a maioria, a experiência vem e se retira para detrás do véu, esperando que a parte humana esteja preparada e pronta para suportar e reter seu crescimento e sua subsequente permanência. Porém, duvidar dela por essa razão seria irracional ao extremo. Não se duvida da existência do ar porque um vento forte não estásempre soprando ou da luz do sol porque a noite intervém sobre a aurora e o crepúsculo. A dificuldade reside na consciência humana normal para a qual a experiência espiritual vem como algo anormal e é de fato supra normal. Esta débil normalidade limitada, a princípio, acha até mesmo difícil conseguir algum toque desta experiência supra normal maior e mais intensa; ou ela a consegue diluída em seu próprio estofo embotado da experiência mental ouvital, e quando a experiência espiritual vem realmente, em seu próprio poder esmagador, muitas vezes ela não a pode suportar ou quando o consegue, não a pode conservar e guardar. Contudo, se uma brecha tiver sido feita nas paredes construídas pela mente contra o Infinito, a brecha se alarga, às vezes vagarosamente, às vezes rapidamente, até não existir mais parede alguma e se estabelecer a permanência.

Texto extraído do inspirado livro “Sabedoria de Sry Aurobindo” – Editora Shakti.

Colcado por Wagner Borges em www.ippb.org.br

Lidando com as encruzilhadas da vida

Quando a gente chega na encruzilhada,
Olha para um lado e nada,
Olha para o outro é nada também
Ai o céu escurece
O céu desaba Tudo se acaba
Só quando tudo esta perdido na vida é que a gente descobre
Que na vida nunca tudo está perdido.
Geraldo Vandré
Alguns momentos da vida nos colocam diante de possibilidades ainda novas para nós.
Precisamos fazer uma travessia, passar de um estágio a outro, de um estado de coisas conhecido a uma situação inteiramente diferente.
Algumas dessas passagens possuem rumo certo: de adolescentes nos tomamos adultos, de solteiros nos tomamos casados, e assim por diante. Cada um, de acordo com sua personalidade e condições, vive um roteiro já conhecido, apesar de ainda não ter sido vivido. Nesses momentos, costumamos buscar o exemplo de outras pessoas que fizeram as mesmas travessias para nos inspirar a viver melhor essas etapas.
Mas existem passagens para as quais não temos onde buscar referências, elas são realmente inéditas. São, de fato, como encruzilhadas: a gente não sabe se vai para a direita ou se vai para a esquerda, se “tudo” vai terminar bem ou se estamos à beira de uma descida vertiginosa em nossa vida.
Nestes momentos, fica claro que temos de modificar atitudes e hábitos muito arraigados.
“Quando estamos em uma encruzilhada, sem saber para que lado ir, estamos no prajnaparamita. A encruzilhada é um lugar importante no treinamento do guerreiro. E onde nossos sólidos pontos de vista começam a se dissolver.”(*) Prajnaparamita é a capacidade de desenvolver uma visão da realidade baseada na equanimidade para, então, cultivar a perfeição da sabedoria. A equanimidade refere-se à sabedoria de ficar “no meio” com respeito aos extremos do sofrimento.
Devemos cultivar “uma mente aberta e inquisitiva, que não se satisfaz com visões limitadas e parciais. “(...) ‘certo’ é uma visão tão extremada quanto ‘errado’. Ambas bloqueiam nossa sabedoria inata”(*).
Nos momentos de encruzilhada, enquanto não sabemos que rumo uma situação vai tomar, a melhor atitude é enxergar, a cada instante, exactamente o que temos à nossa frente. Se formos excessivamente optimistas, desconfiaremos intuitivamente de nossa própria atitude. Se formos demasiadamente pessimistas, teremos uma atitude derrotista que poderá nos prejudicar.
O optimismo exagerado deixa-nos arrogantes e o pessimismo, em si mesmo, nos impede de ver a luz no fim do túnel. “Permanecer no meio nos prepara para encontrar o desconhecido sem temor”(*).
Quando estamos encurralados, sem saída, terminamos por nos questionar sobre o sentido de nossas vidas. Surgem então as três perguntas fundamentais:
Quem somos?
De onde viemos?
Para onde vamos?
Estas são perguntas frequentes para aqueles que estão conscientes da transitoriedade da vida.
Em geral, quando somos surpreendidos por situações que nos fazem reconhecer nossa mortalidade, ou quando estamos, de fato, diante da morte, responder a essas perguntas irá nos ajudar a ampliar a visão sobre quem somos verdadeiramente. Do mesmo modo, respondê-las nos momentos de encruzilhada nos ajudará a ampliar nossa visão de vida.
Quando o espaço de tempo para responder a estas três perguntas é realmente curto, a nossa primeira mente surge para nos ajudar. A primeira mente é nossa sabedoria intuitiva. É ela que irá nos indicar a saída quando estamos numa encruzilhada.
Lama Gangchen sempre nos diz: “Quando você escutar sua primeira mente, siga-a”. Jeremy Hayward, discípulo do mestre budista Chogyam Trungpa, nos orienta: “Com excessiva frequência - desprezamos o primeiro pensamento - achamos que é por demais tolo ou ofensivo. Temos de ser ousados para detectar o primeiro pensamento e segui-lo. O primeiro pensamento pode guiar nossa vida quando confiamos”(**).
O primeiro pensamento é puro porque ainda não está contaminado por nosso hábito de duvidar. Ele é uma percepção directa do mundo como ele é. Por isso, na Psicologia Budista, é chamado de condição do agora.
Neste sentido, quando temos a percepção correcta da realidade, praticamos a Primeira Nobre Verdade... Mas quando não queremos que as coisas sejam do jeito que estão se apresentando, começamos a sentir medo e evitamos olhar de frente. Negamos nossa primeira mente porque ela foi directa, nua e crua, e gostaríamos de viver mais um pouco a esperança de que as coisas pudessem ser do jeito que queríamos que fossem... Todas as vezes que nos apoiamos numa realidade idealizada, estamos adiando nosso processo de evolução. Perdemos a oportunidade de aprender algo com aquele desafio do qual fizemos de tudo para escapar. Em vez de interpretar o sofrimento como dor ou punição, podemos vê-lo como a oportunidade de superá-lo.
Quando não colocamos em dúvida nossa percepção imediata da realidade, praticamos a Primeira Nobre Verdade: temos a percepção correcta da realidade.
No entanto, saber se estamos prontos para encarar o sofrimento é também um ato de sabedoria. Um ditado budista diz: “Só enfrente um inimigo quando você estiver mais forte do que ele. Até lá, continue a se fortalecer”. Existem momentos em que precisamos aprender a criar espaço entre nós e aquilo que nos desafia. Quando nos damos conta de que não somos capazes de lidar com uma determinada situação, é hora de acumular méritos: energia positiva.
(*) - Pema Chodron in "Os lugares que nos assustam" Ed. Sextante
(**) - Jeremy Hayward in "O mundo Sagrado" Ed. Rocco
Texto extraído do “O livro das Emoções - Reflexões inspiradas na Psicologia do Budismo Tibetano” de Bel César, Ed. Gaia.

Colocado por Bel Cesar no site "Somos Todos Um"

terça-feira, maio 10, 2005

Web Page

finalmente no ar, convidamo-los a irem ver a página do sítio da mãe terra em www.mae-terra.com

Vossos comentários serão preciosos, pois assim poderemos melhorá-la muito.

Beijos e abraços na paz

sexta-feira, maio 06, 2005

A decisão de se curar

“Não existe nada que nos separe de Deus; somos todos manifestações divinas do princípio criativo neste nível de existência. Nenhuma carência ou penúria pode realmente existir e nada existe que tenhamos de tentar obter. Todos temos dentro de nós mesmos o potencial para sermos o que quisermos”. Shakti Gawain

Nos dias em que vivemos, cada vez mais pessoas mostram-se ansiosas por mudar suas vidas, desejosas de descobrir o que existe de errado com elas e porque não conseguem encontrar equilíbrio e serenidade.
Muitas afirmam ter consciência de que precisam fazer algo, mas não conseguem descobrir o que precisa ser feito ou por onde devem começar. Na verdade, sentir que algo está errado é um bom sinal.

Significa que, de algum modo, nossa alma está indicando que a “sintonia” de nosso canal interior não está funcionando como deveria. Porém, saber que uma rádio não sintoniza perfeitamente, que existem ruídos e interferências actuando, não é suficiente. É necessário fazer algo de concreto para que esses ruídos sejam eliminados e possamos ter uma perfeita audição daquilo que precisamos ouvir.
Com nosso Eu Superior acontece exactamente a mesma coisa. Ele é a rádio que necessitamos sintonizar, permitir que nos direccione, e nos indique o melhor caminho. Porém, os “ruídos” provocados pelo ego e pelas emoções negativas inconscientes, que formam nossa sombra, nos impedem de ter uma perfeita audição da sabedoria que habita nosso ser.
Eliminar estes ruídos não é uma tarefa fácil e exige disciplina e perseverança.
O primeiro passo a ser dado é acender a chama da fé. Se não acreditarmos que podemos vencer qualquer obstáculo e nos tornarmos senhores de nossa vida, nada poderá ser feito.
O segundo passo chama-se decisão. Decidir curar-se é outra atitude essencial sem a qual nenhum passo pode ser dado. É o momento que faz toda a diferença, o instante em que pela primeira vez optamos por agir ao invés de nos sentirmos vitimas do destino e apenas lamentar pelo que não conseguimos realizar.
O terceiro passo consiste em tomar atitudes concretas para alcançar a cura, abandonar a inércia, mesmo que tenhamos de enfrentar obstáculos e dificuldades na conquista dessa meta.
Outro importante passo a ser dado para entrarmos em contacto com o que existe de melhor em nós, é aprender a arte do recolhimento e do silêncio. Sem isso, estaremos surdos ao chamado de nosso Eu mais profundo e continuaremos à mercê de nossas angústias e sofrimentos.
A sensação interior de poder, de confiança na capacidade de alcançar realização e felicidade pode ser acessível a qualquer ser humano. Deus não discrimina nenhum de seus filhos, dá a cada um o mesmo potencial de crescimento e evolução.
Mas a escolha entre expressar a Luz ou permanecer prisioneiro da escuridão é tarefa nossa e nisso o Supremo Poder Criador não interfere. Porém, ao tomarmos a decisão de iniciar essa tarefa, podemos ter a certeza de que a Graça Divina jamais nos faltará.
Texto de Elisabete Cavalcante
Colocado no site “Somos todos um”

É preciso mudar

Tese de um pensador russo chamado Gurdjieff. Ele traçou 20 regras de vida que foram colocadas em destaque no Instituto Francês de Ansiedade e Stress, em Paris.
Dizem os experts em comportamento que, quem já consegue assimilar 10 delas, seguramente
aprendeu a viver com qualidade interna.
1- Faça pausas de 10 minutos a cada 2 horas de trabalho, no máximo. Repita essas pausas na vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.
2- Aprenda a dizer NÃO sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer AGRADAR a todos é um desgaste enorme.
3- Planeje seu dia, sim, mas deixe sempre um bom espaço para o improviso, consciente de que nem tudo depende de você.
4- Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam seus quadros mentais, você se exaure.
5- Esqueça, de uma vez por todas, que você é imprescindível. No trabalho, em casa, no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem sua actuação, a não ser você mesmo. 6- Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos.
7- Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.
8- Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os, porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.
9- Tente descobrir o prazer de fatos quotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo a se conseguir na vida.
10- Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a acção.
11- Família não é você, está junto de você, compõe o seu mundo, mas não é a sua própria identidade.
12- Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso, a trava do movimento e da busca.
13- É preciso ter sempre alguém em que se possa confiar e falar abertamente ao menos num
raio de 100 quilómetros. Não adianta estar mais longe.
14- Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o
sentido da importância subtil de uma saída discreta.
15- Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.
16- Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é óptimo...para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.
17- A rigidez é boa na pedra, não no ser humano. A ele cabe firmeza.
18- Uma hora de intenso prazer, substitui com folga 3 horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de divertir-se.
19- Não abandone suas três grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé.
20- Entenda de uma vez por todas, definitivamente e atentamente: você é o que você faz...

"Quando eu era jovem e livre, sonhava em mudar o mundo. Na maturidade, descobri que o mundo não mudaria.
Então resolvi transformar meu país. Depois de algum esforço, terminei por entender que isto também era impossível.
No final de meus anos procurei mudar a família, mas eles continuaram a ser como eram.
Agora, no leito de morte, descubro que minha missão teria sido mudar a mim mesmo.
Se tivesse feito isto, eu teria sido capaz de transformar minha família.
Então, com um pouco de sorte, esta mudança afectaria meu país e - Quem sabe - O mundo inteiro."



Epitáfio de um bispo anglicano da Abadia de Westminster, século XII.