sexta-feira, maio 06, 2005

A decisão de se curar

“Não existe nada que nos separe de Deus; somos todos manifestações divinas do princípio criativo neste nível de existência. Nenhuma carência ou penúria pode realmente existir e nada existe que tenhamos de tentar obter. Todos temos dentro de nós mesmos o potencial para sermos o que quisermos”. Shakti Gawain

Nos dias em que vivemos, cada vez mais pessoas mostram-se ansiosas por mudar suas vidas, desejosas de descobrir o que existe de errado com elas e porque não conseguem encontrar equilíbrio e serenidade.
Muitas afirmam ter consciência de que precisam fazer algo, mas não conseguem descobrir o que precisa ser feito ou por onde devem começar. Na verdade, sentir que algo está errado é um bom sinal.

Significa que, de algum modo, nossa alma está indicando que a “sintonia” de nosso canal interior não está funcionando como deveria. Porém, saber que uma rádio não sintoniza perfeitamente, que existem ruídos e interferências actuando, não é suficiente. É necessário fazer algo de concreto para que esses ruídos sejam eliminados e possamos ter uma perfeita audição daquilo que precisamos ouvir.
Com nosso Eu Superior acontece exactamente a mesma coisa. Ele é a rádio que necessitamos sintonizar, permitir que nos direccione, e nos indique o melhor caminho. Porém, os “ruídos” provocados pelo ego e pelas emoções negativas inconscientes, que formam nossa sombra, nos impedem de ter uma perfeita audição da sabedoria que habita nosso ser.
Eliminar estes ruídos não é uma tarefa fácil e exige disciplina e perseverança.
O primeiro passo a ser dado é acender a chama da fé. Se não acreditarmos que podemos vencer qualquer obstáculo e nos tornarmos senhores de nossa vida, nada poderá ser feito.
O segundo passo chama-se decisão. Decidir curar-se é outra atitude essencial sem a qual nenhum passo pode ser dado. É o momento que faz toda a diferença, o instante em que pela primeira vez optamos por agir ao invés de nos sentirmos vitimas do destino e apenas lamentar pelo que não conseguimos realizar.
O terceiro passo consiste em tomar atitudes concretas para alcançar a cura, abandonar a inércia, mesmo que tenhamos de enfrentar obstáculos e dificuldades na conquista dessa meta.
Outro importante passo a ser dado para entrarmos em contacto com o que existe de melhor em nós, é aprender a arte do recolhimento e do silêncio. Sem isso, estaremos surdos ao chamado de nosso Eu mais profundo e continuaremos à mercê de nossas angústias e sofrimentos.
A sensação interior de poder, de confiança na capacidade de alcançar realização e felicidade pode ser acessível a qualquer ser humano. Deus não discrimina nenhum de seus filhos, dá a cada um o mesmo potencial de crescimento e evolução.
Mas a escolha entre expressar a Luz ou permanecer prisioneiro da escuridão é tarefa nossa e nisso o Supremo Poder Criador não interfere. Porém, ao tomarmos a decisão de iniciar essa tarefa, podemos ter a certeza de que a Graça Divina jamais nos faltará.
Texto de Elisabete Cavalcante
Colocado no site “Somos todos um”

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