Ao aceitar a vulnerabilidade da vida tornamo-nos menos rígidos e mais fluidos.
“A vulnerabilidade é a capacidade de não buscar o controle, permitindo que a vida passe por nós, sem querer retê-la ou possui-la.
Toda a vez que a vida é represada, o que se acumula é experimentado pelo desespero.
Quem controla, desespera: não tem o que esperar porque todas as surpresas, magias e mistérios empalidecem.
As possibilidades e os erros purificam a vida, oxigenando-a para que não se sufoque e não se inviabilize”
Nilton Bonder
“O apego é a razão pela qual temos dificuldade em lidar positivamente com as mudanças. Só o facto de pensar em desapegar de algo, deixa-nos inquietos.
Quando temos muito apego ficamos sempre agitados. Não conseguimos relaxar: sentimos medo e dúvidas.
A questão não é definir o que devemos deixar de fazer, mas sim como lidar com a nossa mente apegada.”
Lama Gangchen
Amamos melhor uma pessoa quando não temos apego por ela, isto é, quando não projectamos nela exageradamente toda a nossa felicidade.
O apego nesse sentido, é uma atitude mental que surge ao atribuirmos valores irreais a uma pessoa, coisa ou situação.
O apego surge na nossa mente quando não nos queremos responsabilizar pelos nossos estados mentais, afectivos e emocionais.
Portanto ter apego é uma forma infantil de amar. Amar com apego, faz-nos sentir dependentes dos outros e das situações: não sabemos mais sustentarmo-nos sozinhos, pois perdemos o prazer de conhecer o nosso próprio potencial de auto cura, e isso enfraquece-nos.
Na maior parte do tempo, não nos damos conta do quanto estamos apegados a algo ou alguém. Precisamos criar uma certa distância do objecto para podermos observar a natureza exagerada do nosso apego. No entanto, como esse afastamento é doloroso, preferimos não fazê-lo. Uma vez que o apego está associado a uma experiência prazerosa, facilmente nos convencemos de que ela é um afecto positivo e raramente somos capazes de avaliar o quanto ele prejudica a nós mesmos e aos nossos relacionamentos.
Ao contrário do que acontece com o que nos provoca raiva ou irritação, ninguém quer se “livrar” daquilo a que se sente apegado. Infelizmente na maior parte das vezes, só lidamos com o desapego quando ele é inevitável e imposto pelas circunstâncias, como a morte ou o abandono.
O melhor é aprendermos a despertar o amor próprio e a amar com desapego.
By Bel César in Livro das Emoções
Editora Gaia
"eu vou mostrando como sou e vou sendo como posso..." como diriam os Novos Baianos
quinta-feira, setembro 04, 2008
segunda-feira, setembro 01, 2008
Sobre a felicidade
Meditar, visualizar imagens que curam, recitar mantras, rezar ou ficar em silêncio são métodos eficazes para purificar nossa mente de seus hábitos negativos. Porém se os praticarmos com a intenção de anestesiar o sofrimento, para não precisarmos estar em contacto com ele, estaremos agindo como um carro atolado na lama: quanto mais se tenta mover as suas rodas, mais preso ele fica. Isto é quanto mais negarmos a verdadeira causa dos nossos sofrimentos, mais estaremos presos neles.
…
Estamos apegados ao sofrimento e precisamos aprender a ir além dele. Estamos tão sobrecarregados de ideias preconcebidas, expectativas e exigências que não conseguimos mais nos mover dentro de nós mesmos! Sentimos a rigidez de nosso mundo interno e tudo à nossa volta passa a ser insatisfatório. Estamos de facto, atolados em nós mesmos. Não somos felizes quando perdemos o nosso espaço interno.
…
Felicidade não é algo ligado ao ter, mas ao fazer. Ela não é um humor ou um estado de ânimo, por mais exaltados e duradouros que sejam, mas o resultado de uma vida bem conduzida, ou seja, das escolhas e valores que definem o nosso percurso. A felicidade, em suma, jamais será um estado final que se possa adquirir e dele tomar posse de uma vez por todas. Ela é uma actividade, algo que se cultiva e constrói, algo que por alguns momentos, se conquista e se desfruta, que é fonte de contentamento, mas que está sempre a exigir de nós empenho e amor, sempre recomeçando outra vez.
…
Podemos atingir a felicidade profunda, perfeita e permanente quando nos libertamos da ignorância, isto é, do hábito arraigado de buscar a felicidade nas condições externas e de estarmos condicionados por nossos próprios estados emocionais ou prazeres físicos.
…
Portanto o segredo para sermos felizes é ampliar o nosso espaço interno, isto é, manter a mente aberta, disposta a apreciar a vida e a cultivar um senso contínuo de leveza e bem estar.
By Bel César in “O Livro das emoções” Editora Gaia
…
Estamos apegados ao sofrimento e precisamos aprender a ir além dele. Estamos tão sobrecarregados de ideias preconcebidas, expectativas e exigências que não conseguimos mais nos mover dentro de nós mesmos! Sentimos a rigidez de nosso mundo interno e tudo à nossa volta passa a ser insatisfatório. Estamos de facto, atolados em nós mesmos. Não somos felizes quando perdemos o nosso espaço interno.
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Felicidade não é algo ligado ao ter, mas ao fazer. Ela não é um humor ou um estado de ânimo, por mais exaltados e duradouros que sejam, mas o resultado de uma vida bem conduzida, ou seja, das escolhas e valores que definem o nosso percurso. A felicidade, em suma, jamais será um estado final que se possa adquirir e dele tomar posse de uma vez por todas. Ela é uma actividade, algo que se cultiva e constrói, algo que por alguns momentos, se conquista e se desfruta, que é fonte de contentamento, mas que está sempre a exigir de nós empenho e amor, sempre recomeçando outra vez.
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Podemos atingir a felicidade profunda, perfeita e permanente quando nos libertamos da ignorância, isto é, do hábito arraigado de buscar a felicidade nas condições externas e de estarmos condicionados por nossos próprios estados emocionais ou prazeres físicos.
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Portanto o segredo para sermos felizes é ampliar o nosso espaço interno, isto é, manter a mente aberta, disposta a apreciar a vida e a cultivar um senso contínuo de leveza e bem estar.
By Bel César in “O Livro das emoções” Editora Gaia
sábado, agosto 30, 2008
Considerações de Yvan Anmar sobre “estar vivo” (ser responsável)
A liberdade implica responsabilidade. Yvan não se cansava de o repetir, não colocava a sua dignidade numa reivindicação pessoal de auto controlo ou de auto domínio, mas na capacidade de assumir a sua responsabilidade em relação ao outro.
Ser responsável
O corolário da “relação consciente” é o sentido da responsabilidade para com o outro.
“Hoje, a espiritualidade é social e politica. Rezar é fazer o que se deve.” Yvan não podia ter definido melhor o espaço do “crescer” espiritual. Não é a meditar nas margens do Ganges que um ocidental contribui para a sua própria transformação e para a dos outros, mas estando no seu terreno de todos os dias, a família, o trabalho, a participação na vida da cidade e na vida associativa.
Não há evolução espiritual sem “consciência solidária”, e esta é necessariamente política diz Yvan. Não podemos viver isolados, não podemos transformar-nos sozinhos no nosso canto. Quando se tem consciência profunda da dívida para com a vida, não podemos mais ser dominados pelas “reivindicações dos nossos pequenos direitos”: o direito à felicidade é ultrapassado; quando a alcançamos, já não é o direito à felicidade que está em primeiro lugar, mas o dever de estar vivo, e, quando se está verdadeiramente vivo, ninguém se preocupa com a felicidade pessoal. Não estou aqui para ser feliz nem para dar a felicidade a alguém, mas para assumir a responsabilidade de uma visão e de a partilhar. Ser responsável é ser servidor da vida, é ser portador de uma intenção que leva a tomar consciência de quanto somos responsáveis por aquilo que é o conteúdo da vida, mesmo não sendo seus proprietários.
By Marie de Hennezel in “Morrer de Olhos abertos” Editora Casa das Letras
Ser responsável
O corolário da “relação consciente” é o sentido da responsabilidade para com o outro.
“Hoje, a espiritualidade é social e politica. Rezar é fazer o que se deve.” Yvan não podia ter definido melhor o espaço do “crescer” espiritual. Não é a meditar nas margens do Ganges que um ocidental contribui para a sua própria transformação e para a dos outros, mas estando no seu terreno de todos os dias, a família, o trabalho, a participação na vida da cidade e na vida associativa.
Não há evolução espiritual sem “consciência solidária”, e esta é necessariamente política diz Yvan. Não podemos viver isolados, não podemos transformar-nos sozinhos no nosso canto. Quando se tem consciência profunda da dívida para com a vida, não podemos mais ser dominados pelas “reivindicações dos nossos pequenos direitos”: o direito à felicidade é ultrapassado; quando a alcançamos, já não é o direito à felicidade que está em primeiro lugar, mas o dever de estar vivo, e, quando se está verdadeiramente vivo, ninguém se preocupa com a felicidade pessoal. Não estou aqui para ser feliz nem para dar a felicidade a alguém, mas para assumir a responsabilidade de uma visão e de a partilhar. Ser responsável é ser servidor da vida, é ser portador de uma intenção que leva a tomar consciência de quanto somos responsáveis por aquilo que é o conteúdo da vida, mesmo não sendo seus proprietários.
By Marie de Hennezel in “Morrer de Olhos abertos” Editora Casa das Letras
Considerações de Yvan Anmar sobre “estar vivo”
O verdadeiro problema não é o de saber se viveremos depois da morte, mas o de sabermos se estamos vivos antes de morrer.
Ousar o encontro
Para que serve sentar-se confortavelmente, a meditar de olhos fechados, se o vosso filho está no quarto ao lado entregue às suas brincadeiras, sozinho, se o vosso marido ou a vossa mulher não conseguem descobrir o caminho para o vosso coração e partilhar as suas preocupações, se os vossos colegas de trabalho vos sentem ausentes e indisponíveis, se os vossos velhos pais vivem com o sentimento de estarem abandonados?
Hoje um grandíssimo número de pessoas procura fugir à dura realidade da vida através de uma “procura espiritual”.
Yvan sabia-o, ele próprio o testemunha. É por isso que os seus ensinamentos se centram nessa ideia mestra: “É a relação que nos faz crescer”.
É portanto, necessário correr o “risco do outro”, tem de se ir ao seu encontro, porque é a relação com o outro que revela o real. O nosso cônjuge, os nossos pais, os nossos filhos, os nossos vizinhos, os nossos amigos, os nossos colaboradores, os nossos colegas, todos eles constituem aquilo a que Yvan Anmar chamava de o “nosso consciente exterior”. São eles que nos dizem o que nós não podemos dizer a nós próprios, que nos confrontam permanentemente. Em geral, evita-se o relacionamento para obstar os conflitos e o que nos pode fazer sofrer, ou, então, consideramo-nos vitimas dos outros. Mas a verdade é que podemos tornar-nos seus discípulos.
Yvan lamenta, com tristeza, as relações que constantemente evitam as fricções. As pessoas procuram proteger-se, mas adoptando essa prática, não se encontram verdadeiramente. “Como se, em matéria de relações, pudesse haver a capacidade de crescer só com a meditação, ou com a yoga, ou com o zen, ou com qualquer outra coisa. É no interior da relação consciente que se cria este reconhecimento que nos faz crescer.”
Correr o risco do outro, ousar o encontro, supõe deixar cair as nossas barreiras defensivas, supõe despirmo-nos das nossas roupagens e assumirmos a nossa vulnerabilidade ou a nossa impotência. É então que se revela a fecundidade do encontro: uma comunhão íntima que abre caminho a uma profunda dimensão da vida.
Quando desaparecem as barreiras que colocamos entre nós para nos protegermos, quando arriscamos o encontro alma a alma, a consciência do que passa a ligar-nos traz-nos uma alegria que é indubitavelmente uma alegria espiritual.
A compaixão torna estes encontros fecundos!
By Marie de Hennezel in “Morrer de Olhos abertos” Editora Casa das Letras
Ousar o encontro
Para que serve sentar-se confortavelmente, a meditar de olhos fechados, se o vosso filho está no quarto ao lado entregue às suas brincadeiras, sozinho, se o vosso marido ou a vossa mulher não conseguem descobrir o caminho para o vosso coração e partilhar as suas preocupações, se os vossos colegas de trabalho vos sentem ausentes e indisponíveis, se os vossos velhos pais vivem com o sentimento de estarem abandonados?
Hoje um grandíssimo número de pessoas procura fugir à dura realidade da vida através de uma “procura espiritual”.
Yvan sabia-o, ele próprio o testemunha. É por isso que os seus ensinamentos se centram nessa ideia mestra: “É a relação que nos faz crescer”.
É portanto, necessário correr o “risco do outro”, tem de se ir ao seu encontro, porque é a relação com o outro que revela o real. O nosso cônjuge, os nossos pais, os nossos filhos, os nossos vizinhos, os nossos amigos, os nossos colaboradores, os nossos colegas, todos eles constituem aquilo a que Yvan Anmar chamava de o “nosso consciente exterior”. São eles que nos dizem o que nós não podemos dizer a nós próprios, que nos confrontam permanentemente. Em geral, evita-se o relacionamento para obstar os conflitos e o que nos pode fazer sofrer, ou, então, consideramo-nos vitimas dos outros. Mas a verdade é que podemos tornar-nos seus discípulos.
Yvan lamenta, com tristeza, as relações que constantemente evitam as fricções. As pessoas procuram proteger-se, mas adoptando essa prática, não se encontram verdadeiramente. “Como se, em matéria de relações, pudesse haver a capacidade de crescer só com a meditação, ou com a yoga, ou com o zen, ou com qualquer outra coisa. É no interior da relação consciente que se cria este reconhecimento que nos faz crescer.”
Correr o risco do outro, ousar o encontro, supõe deixar cair as nossas barreiras defensivas, supõe despirmo-nos das nossas roupagens e assumirmos a nossa vulnerabilidade ou a nossa impotência. É então que se revela a fecundidade do encontro: uma comunhão íntima que abre caminho a uma profunda dimensão da vida.
Quando desaparecem as barreiras que colocamos entre nós para nos protegermos, quando arriscamos o encontro alma a alma, a consciência do que passa a ligar-nos traz-nos uma alegria que é indubitavelmente uma alegria espiritual.
A compaixão torna estes encontros fecundos!
By Marie de Hennezel in “Morrer de Olhos abertos” Editora Casa das Letras
sexta-feira, agosto 29, 2008
Considerações de Yvan Anmar sobre a sabedoria da vida
“Aprendi uma única coisa: como amar o meu próximo… quando há amor a morte não existe”
As nossas responsabilidades, em especial a de não nos deixarmos transformar em vítimas, mas em discípulos dos acontecimentos, aprendendo e crescendo através deles.
Yvan veio dizer-nos quanto a reivindicação dos nossos direitos nos separa da vida. “Será que despertei para o dever que implica estar vivo, será que estou consciente da minha responsabilidade em relação ao que me foi confiado: a vida? O nosso dever?”, adverte ele, “é fazer frutificar o que nos foi confiado.”
“No caso da nossa vida, somos julgados sobre a forma como amámos e apenas por isso. Se o nosso trabalho nos permitiu ir entrando cada vez mais na intimidade das leis secretas deste amor, qualquer coisa começará a operar em nós, qualquer coisa que tem a ver com a conversão, qualquer coisa que fará que nos sintamos obrigados a este amor. Não poderemos, então, proceder de outra maneira que não seja estar às ordens desta lei… Sabemos acolher o outro, sabemos nós acolher o estranho, o desconhecido? Somos capazes de assumir o risco do outro? Somos capazes da relação?... O amor é uma grande aventura no decurso da qual se manifesta a interdependência de tudo o que existe. Não podemos percorrer esse caminho de amor sozinhos.
Descobrir que nada existe separadamente, que tudo está ligado e que nada pode vir de fora é uma questão que a todos diz respeito. Não podemos crescer senão em conjunto. As leis que se escondem e estão à espera no interior da vida, as leis do amor que fazem bater o coração da vida e lhe imprimem os seus ritmos secretos, são estas as leis que nos importa redescobrir na nossa alma, no nosso coração e no nosso corpo. É necessário que a nossa pessoa inteira seja um coração a bater em uníssono com este coração da vida. Todos quantos reconhecerem a prioridade a dar as estas leis, afirmam unanimemente: sim, esta vida ama-nos, esta vida está à espera de que façamos crescer esse amor.
Todos concordam na resposta à pergunta de Einstein: Ao fim e ao cabo, há apenas uma questão verdadeiramente importante à qual gostaria de saber responder: O universo que nos rodeia é-nos favorável ou não? Todas as pessoas que se abriram à vida podem responder “sim”…
Compete a cad um reconhecer a imensa responsabilidade e a importância da sua existência, tomar-se a sério a si próprio e dizer que é por bem…
Não é uma questão de urgência, mas de prioridade. O que é prioritário para si? Quer fazer da sua vida uma obra de arte, quer dar beleza à sua vida, quer acrescentar qualquer coisa ao mundo?... Cuide, então, de descobrir quais são as leis secretas que fazem bater o coração do que é vivo e adopte essas leis como regra da sua vida. Transforme-as em oportunidade de se submeter ao divino e de se tornar servidor do amor. Se assim acontecer a sua vida será uma poesia, um acto criador, porventura anónimo e não necessariamente espectacular, significando que abandonou a seita dos egoístas e entrou no universal movimento do amor.”
No limiar da morte, Yvan falava apenas de uma coisa: o amor!
By Marie de Hennezel in “Morrer de Olhos abertos” Editora Casa das Letras
As nossas responsabilidades, em especial a de não nos deixarmos transformar em vítimas, mas em discípulos dos acontecimentos, aprendendo e crescendo através deles.
Yvan veio dizer-nos quanto a reivindicação dos nossos direitos nos separa da vida. “Será que despertei para o dever que implica estar vivo, será que estou consciente da minha responsabilidade em relação ao que me foi confiado: a vida? O nosso dever?”, adverte ele, “é fazer frutificar o que nos foi confiado.”
“No caso da nossa vida, somos julgados sobre a forma como amámos e apenas por isso. Se o nosso trabalho nos permitiu ir entrando cada vez mais na intimidade das leis secretas deste amor, qualquer coisa começará a operar em nós, qualquer coisa que tem a ver com a conversão, qualquer coisa que fará que nos sintamos obrigados a este amor. Não poderemos, então, proceder de outra maneira que não seja estar às ordens desta lei… Sabemos acolher o outro, sabemos nós acolher o estranho, o desconhecido? Somos capazes de assumir o risco do outro? Somos capazes da relação?... O amor é uma grande aventura no decurso da qual se manifesta a interdependência de tudo o que existe. Não podemos percorrer esse caminho de amor sozinhos.
Descobrir que nada existe separadamente, que tudo está ligado e que nada pode vir de fora é uma questão que a todos diz respeito. Não podemos crescer senão em conjunto. As leis que se escondem e estão à espera no interior da vida, as leis do amor que fazem bater o coração da vida e lhe imprimem os seus ritmos secretos, são estas as leis que nos importa redescobrir na nossa alma, no nosso coração e no nosso corpo. É necessário que a nossa pessoa inteira seja um coração a bater em uníssono com este coração da vida. Todos quantos reconhecerem a prioridade a dar as estas leis, afirmam unanimemente: sim, esta vida ama-nos, esta vida está à espera de que façamos crescer esse amor.
Todos concordam na resposta à pergunta de Einstein: Ao fim e ao cabo, há apenas uma questão verdadeiramente importante à qual gostaria de saber responder: O universo que nos rodeia é-nos favorável ou não? Todas as pessoas que se abriram à vida podem responder “sim”…
Compete a cad um reconhecer a imensa responsabilidade e a importância da sua existência, tomar-se a sério a si próprio e dizer que é por bem…
Não é uma questão de urgência, mas de prioridade. O que é prioritário para si? Quer fazer da sua vida uma obra de arte, quer dar beleza à sua vida, quer acrescentar qualquer coisa ao mundo?... Cuide, então, de descobrir quais são as leis secretas que fazem bater o coração do que é vivo e adopte essas leis como regra da sua vida. Transforme-as em oportunidade de se submeter ao divino e de se tornar servidor do amor. Se assim acontecer a sua vida será uma poesia, um acto criador, porventura anónimo e não necessariamente espectacular, significando que abandonou a seita dos egoístas e entrou no universal movimento do amor.”
No limiar da morte, Yvan falava apenas de uma coisa: o amor!
By Marie de Hennezel in “Morrer de Olhos abertos” Editora Casa das Letras
Três conselhos espontâneos de Lama Michel
Há poucas semanas, estava conversando com meu filho Lama Michel sobre a disponibilidade interna que precisamos ter ao encarar projectos que nos comprometem a longo prazo, quando espontaneamente ele me disse: “Mãe, eu aprendi três coisas: não tenha medo de ser quem você é, saiba até aonde você quer ir e ofereça ao invés de pedir”.
Assim que pude, anotei nossa conversa.
Conforme compartilho com amigos e pacientes estes três pontos, vejo o quanto eles são um conselho real e profundo.
Lama Michel ressaltou: “É melhor que a gente seja transparente, pois mais pra frente vai vir à tona quem somos realmente. Então, uma vez que vamos ter que lidar de qualquer maneira com nossas dificuldades, é melhor procurar desde o início encontrar soluções do que criar desentendimento e decepção mais tarde”.
Muitas vezes, temos receio até mesmo de expressar nossas qualidades e dons, pois não estamos familiarizados com a simples experiência de nos expormos, isto é, de nos expressarmos de modo singular.
Quando criança, aprendemos, sem nos darmos conta, muito sobre como devemos nos comportar para sermos mais aceites, conquistar atenção e recursos para nossas necessidades básicas. Ao crescer, muitas destas associações ganham um novo peso conforme aprendemos a nos relacionar com as pessoas e com situações muito diferentes da nossa original. Aprendemos a fazer ajustes e a sermos mais flexíveis ao reconhecer que também podemos ter um modo próprio de expressar nosso potencial criativo.
No entanto, quando não formos estimulados a nos expressar, iremos criar preconceitos a respeito de nosso modo natural de ser: precisamos lutar para ser quem de fato somos.
Se em nosso ambiente de infância tivermos tido pais (ou as pessoas mais próximas de nosso convívio) que souberam expressar o seu próprio potencial criativo, mais tarde esta lição será mais fácil de ser praticada por nós mesmos. Mas se eles não foram pessoas interessadas em aprender e explorar o mundo à nossa volta, com muitos dogmas e preconceitos, teremos que descobrir por nós mesmos como mobilizar em nosso interior disponibilidade e inspiração para fazer novas descobertas. Quanto mais sincero tiver sido o modo de se expressar de nossos pais, menos estereotipado será o nosso comportamento quando adultos. Cada um sabe o quanto teve que treinar para ter a satisfação de ser quem se é...
O segundo ponto a que Lama Michel se referiu "saber até onde queremos ir", sem dúvida só pode ser conquistado com a maturidade.
Saber trazer o sonhos para a realidade, a inspiração para a realização e ajustar nossas expectativas com uma visão de futuro é um desafio e tanto! Requer autoridade interna e muita sinceridade, seja em relação ao a nosso próprio potencial, seja para com o ambiente em que nos inserimos...
Por fim, o terceiro ponto "oferecer ao invés de pedir", merece uma reflexão maior.
Podemos, por ora, apenas nos questionar: quando estamos de fato oferecendo algo?
Quantas vezes quando damos algo a alguém não temos a intenção de ganhar algo com isso ou até mesmo de seduzir a pessoa?
By Bel Cesar
quinta-feira, agosto 28, 2008
mais uma do tio Osho
"O verdadeiro Tantra não é uma técnica, mas o amor;
não é uma técnica, mas um estado de prece;
não é orientado pela cabeça, mas um relaxamento no coração.
Por favor, lembre-se disso.
Muitos livros foram escritos sobre o Tantra, e todos eles falam de técnicas, mas o verdadeiro Tantra nada tem a ver com técnicas.
O verdadeiro Tantra não pode ser escrito;
ele precisa ser percebido, sentido, sorvido."
Osho
Todos somos buscadores
Quantas vezes você se sente perdido?
Sua mente confusa em devaneios, o corpo anestesiado para não sentir.
Você quer uma resposta, quer um salvador.
A resposta está em si mesmo.
Enquanto você continuar a olhara para a confusão, tudo o que verá é confusão.
Mude o seu foco.
Enquanto achar que precisa de um salvador, que a resposta vem do outro, continuará a ser vítima de si mesmo.
Você está disposto a assumir a responsabilidade e a fazer diferente?
Seja o criador de sua própria realidade. Olhe para dentro e verá aquilo que busca, o que realmente quer. Já está aí, basta ir para dentro e se abrir.
O universo é um campo de potencialidades e você tem todas em si mesmo.
Todos somos buscadores.
A busca é por algo que nem sabemos ao certo o que é, mas que esperamos nos completar, nos tornar felizes.
O que não sabemos é que dentro de nós já está tudo o que precisamos.
O que é necessário então?
Voltar-se para dentro novamente. A jornada é interna. O caminho natural é o que leva a si mesmo, ao reencontro, à alegria intrínseca de apenas existir.
Passamos toda a nossa vida acumulando defesas, máscaras, personalidades, um mundo artificial - são os artifícios de que necessitamos para viver em sociedade, mas nada disso é você e nada disso é realmente necessário. Você se distanciou do que realmente é, e é preciso remover tudo isso, todo esse lixo, todos os artifícios para poder novamente apenas ser, o caminho de volta à naturalidade, à sua verdadeira essência.
Quando reencontramos essa essência, entramos em estado de êxtase.
É a mais pura alegria, um vazio preenchido pelo todo, a união mística com o universo, a sensação de plenitude.
Por isso o êxtase é o caminho natural.
É o caminho de volta a si mesmo.
quarta-feira, agosto 27, 2008
projecto mãe terra
Voltando a escrever, a manifestar o pensamento... quase um ano depois, depois de mais uma mudança de ciclo... com novos projectos para o projecto mãe terra!
Sorrisos
“Somente a compaixão é terapêutica, porque tudo o que é doença no homem é causado pela falta de amor.
Tudo o que está errado com o homem, está de alguma forma associado ao amor.
Ele não tem sido capaz de amar ou ele não tem sido capaz de receber amor.
Ele não tem sido capaz de compartilhar o seu ser.
Essa é a miséria.”
Osho
Sorrisos
“Somente a compaixão é terapêutica, porque tudo o que é doença no homem é causado pela falta de amor.
Tudo o que está errado com o homem, está de alguma forma associado ao amor.
Ele não tem sido capaz de amar ou ele não tem sido capaz de receber amor.
Ele não tem sido capaz de compartilhar o seu ser.
Essa é a miséria.”
Osho
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