“Aprendi uma única coisa: como amar o meu próximo… quando há amor a morte não existe”
As nossas responsabilidades, em especial a de não nos deixarmos transformar em vítimas, mas em discípulos dos acontecimentos, aprendendo e crescendo através deles.
Yvan veio dizer-nos quanto a reivindicação dos nossos direitos nos separa da vida. “Será que despertei para o dever que implica estar vivo, será que estou consciente da minha responsabilidade em relação ao que me foi confiado: a vida? O nosso dever?”, adverte ele, “é fazer frutificar o que nos foi confiado.”
“No caso da nossa vida, somos julgados sobre a forma como amámos e apenas por isso. Se o nosso trabalho nos permitiu ir entrando cada vez mais na intimidade das leis secretas deste amor, qualquer coisa começará a operar em nós, qualquer coisa que tem a ver com a conversão, qualquer coisa que fará que nos sintamos obrigados a este amor. Não poderemos, então, proceder de outra maneira que não seja estar às ordens desta lei… Sabemos acolher o outro, sabemos nós acolher o estranho, o desconhecido? Somos capazes de assumir o risco do outro? Somos capazes da relação?... O amor é uma grande aventura no decurso da qual se manifesta a interdependência de tudo o que existe. Não podemos percorrer esse caminho de amor sozinhos.
Descobrir que nada existe separadamente, que tudo está ligado e que nada pode vir de fora é uma questão que a todos diz respeito. Não podemos crescer senão em conjunto. As leis que se escondem e estão à espera no interior da vida, as leis do amor que fazem bater o coração da vida e lhe imprimem os seus ritmos secretos, são estas as leis que nos importa redescobrir na nossa alma, no nosso coração e no nosso corpo. É necessário que a nossa pessoa inteira seja um coração a bater em uníssono com este coração da vida. Todos quantos reconhecerem a prioridade a dar as estas leis, afirmam unanimemente: sim, esta vida ama-nos, esta vida está à espera de que façamos crescer esse amor.
Todos concordam na resposta à pergunta de Einstein: Ao fim e ao cabo, há apenas uma questão verdadeiramente importante à qual gostaria de saber responder: O universo que nos rodeia é-nos favorável ou não? Todas as pessoas que se abriram à vida podem responder “sim”…
Compete a cad um reconhecer a imensa responsabilidade e a importância da sua existência, tomar-se a sério a si próprio e dizer que é por bem…
Não é uma questão de urgência, mas de prioridade. O que é prioritário para si? Quer fazer da sua vida uma obra de arte, quer dar beleza à sua vida, quer acrescentar qualquer coisa ao mundo?... Cuide, então, de descobrir quais são as leis secretas que fazem bater o coração do que é vivo e adopte essas leis como regra da sua vida. Transforme-as em oportunidade de se submeter ao divino e de se tornar servidor do amor. Se assim acontecer a sua vida será uma poesia, um acto criador, porventura anónimo e não necessariamente espectacular, significando que abandonou a seita dos egoístas e entrou no universal movimento do amor.”
No limiar da morte, Yvan falava apenas de uma coisa: o amor!
By Marie de Hennezel in “Morrer de Olhos abertos” Editora Casa das Letras
As nossas responsabilidades, em especial a de não nos deixarmos transformar em vítimas, mas em discípulos dos acontecimentos, aprendendo e crescendo através deles.
Yvan veio dizer-nos quanto a reivindicação dos nossos direitos nos separa da vida. “Será que despertei para o dever que implica estar vivo, será que estou consciente da minha responsabilidade em relação ao que me foi confiado: a vida? O nosso dever?”, adverte ele, “é fazer frutificar o que nos foi confiado.”
“No caso da nossa vida, somos julgados sobre a forma como amámos e apenas por isso. Se o nosso trabalho nos permitiu ir entrando cada vez mais na intimidade das leis secretas deste amor, qualquer coisa começará a operar em nós, qualquer coisa que tem a ver com a conversão, qualquer coisa que fará que nos sintamos obrigados a este amor. Não poderemos, então, proceder de outra maneira que não seja estar às ordens desta lei… Sabemos acolher o outro, sabemos nós acolher o estranho, o desconhecido? Somos capazes de assumir o risco do outro? Somos capazes da relação?... O amor é uma grande aventura no decurso da qual se manifesta a interdependência de tudo o que existe. Não podemos percorrer esse caminho de amor sozinhos.
Descobrir que nada existe separadamente, que tudo está ligado e que nada pode vir de fora é uma questão que a todos diz respeito. Não podemos crescer senão em conjunto. As leis que se escondem e estão à espera no interior da vida, as leis do amor que fazem bater o coração da vida e lhe imprimem os seus ritmos secretos, são estas as leis que nos importa redescobrir na nossa alma, no nosso coração e no nosso corpo. É necessário que a nossa pessoa inteira seja um coração a bater em uníssono com este coração da vida. Todos quantos reconhecerem a prioridade a dar as estas leis, afirmam unanimemente: sim, esta vida ama-nos, esta vida está à espera de que façamos crescer esse amor.
Todos concordam na resposta à pergunta de Einstein: Ao fim e ao cabo, há apenas uma questão verdadeiramente importante à qual gostaria de saber responder: O universo que nos rodeia é-nos favorável ou não? Todas as pessoas que se abriram à vida podem responder “sim”…
Compete a cad um reconhecer a imensa responsabilidade e a importância da sua existência, tomar-se a sério a si próprio e dizer que é por bem…
Não é uma questão de urgência, mas de prioridade. O que é prioritário para si? Quer fazer da sua vida uma obra de arte, quer dar beleza à sua vida, quer acrescentar qualquer coisa ao mundo?... Cuide, então, de descobrir quais são as leis secretas que fazem bater o coração do que é vivo e adopte essas leis como regra da sua vida. Transforme-as em oportunidade de se submeter ao divino e de se tornar servidor do amor. Se assim acontecer a sua vida será uma poesia, um acto criador, porventura anónimo e não necessariamente espectacular, significando que abandonou a seita dos egoístas e entrou no universal movimento do amor.”
No limiar da morte, Yvan falava apenas de uma coisa: o amor!
By Marie de Hennezel in “Morrer de Olhos abertos” Editora Casa das Letras
Sem comentários:
Enviar um comentário