Com apoio de
artistas, intelectuais, ativistas e cidadãos do mundo todo, movimento convida a
imaginar o futuro pós-pandemia para provocar ação no presente
Muitos têm
repetido que o mundo não será o mesmo após a pandemia provocada pelo novo
coronavírus. O mundo já não é o mesmo, mas o que vem pela frente pode ser ainda
pior. Quais as possibilidades de futuro pelas quais queremos lutar daqui em
diante? O que é necessário para que ainda seja possível imaginar um futuro onde
queremos e podemos viver?
Assim nasce o
movimento #LiberteoFuturo, com o objetivo de inspirar a reflexão crítica e
dinâmica sobre a vida pós-pandemia. Lançado oficialmente neste domingo (5 de
julho), o coletivo não é liderado por uma pessoa ou organização, mas parte do
conceito “Eu+1+, a equação da rebelião”, de autoria do poeta Élio Alves da
Silva, do Médio Xingu, Altamira, Amazônia. A ideia central é invocar a
responsabilidade coletiva ao reunir todos aqueles que querem fazer parte da
criação e realização de mudanças na sociedade atual.
Wagner Moura,
Alice Braga, Eliane Brum, Zé Celso Martinez, Joênia Wapichana, Zélia Duncan,
Fabiana Cozza, Antonio Nobre, Sérgio Vaz, Carmen Silva, Eliane Caffé, Jacira
Roque de Oliveira (mãe de Emicida e Fiote), Tasso Azevedo, João Cezar de Castro
Rocha, Déborah Danowski, André Trigueiro, Júlio Lancelotti e Tati dos Santos,
são alguns dos nomes de intelectuais, artistas, ativistas e estudiosos que se
mobilizaram para apoiar o movimento.
O objetivo é
incentivar a participação e engajamento nas redes de quem quer construir um futuro
que não seja passado, e impedir a volta da anormalidade que condena a nossa e
as outras espécies. Não queremos um novo anormal. A plataforma será também um
grande mostruário da imaginação do futuro neste momento histórico tão
particular, que poderá servir tanto como inspiração para ações como para
pesquisas em diferentes áreas.
A desigualdade
global (e brasileira) atinge níveis recordes: os 2.153 bilionários do mundo
concentram mais riqueza do que cerca de 60% da população mundial. A emergência
climática provocada por ação humana exige mudança, ou teremos apenas um futuro
hostil para as futuras gerações. A maior crise sanitária em um século impôs o
isolamento físico, mas não o isolamento social. As ideias não têm restrições,
nem fronteiras.
Como funciona?
O movimento se
concentra em cinco propostas principais, que disparam perguntas e convidam a
imaginar possíveis respostas:
1. Antídotos
contra o fim do mundo: imagine como quer viver
2. Democracia:
proponha políticas públicas, assim como mudanças nas leis e nas normas para
reduzir as desigualdades de raça, gênero e classe
3. Consumo:
indique alternativas para eliminar as práticas de consumo que escravizam a
nossa e as outras espécies
4. Emergência
climática: sugira ações para impedir a destruição da natureza, garantindo a
continuidade de todas as formas de vida no planeta
5.
Insurreição: defina a melhor ação de desobediência civil para criar o futuro
onde você quer viver!
As propostas
devem ser enviadas em vídeos de um minuto cada. Os vídeos devem ser postados em
suas redes sociais com a #LiberteoFuturo ou enviados pelo whatsapp +55 11
97557-9830.
Em cada um
deles, o participante deve dizer seu nome, e a cidade e país onde vive. Estes
vídeos serão reunidos na plataforma digital. Não há uma data limite para envio
dos vídeos, mas após esta primeira fase, a proposta é colocar a mão na massa e
formar uma rede de pessoas comprometidas a debater e executar ações, locais e
globais, para libertar o futuro.
Laboratórios
Sociais: Liberte o Futuro
Os
“Laboratórios Sociais: Liberte o Futuro” serão jornadas colaborativas de
encontros online para facilitar a criação dos futuros sonhados nos vídeos. A
partir das provocações iniciadas pelos vídeos, os laboratórios oferecerão
espaços de troca e co-criação para aprofundar, planejar ações e criar
estratégias para o futuro, executadas no presente.
Serão 10
oficinas com conteúdos de temáticas contemporâneas e transversais, pensadas
para contemplar todos os grupos formados. As oficinas serão documentadas em
vídeo, gerando conteúdos, que podem inspirar e auxiliar outras pessoas a se
mover para libertar o futuro e, assim, mudar o presente.
por Greenpeace
Brasil •6 de julho de 2020
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